Lula também acertou a vinda do Emir ao Brasil este ano, retribuindo a visita que o presidente havia feito ao paĂs em novembro de 2023. O xeique Tamim Bin Hamad Al Thani esteve no Rio de Janeiro, em novembro passado, para a CĂșpula do G20, organizada pelo governo brasileiro.
Lula aproveitou a ligação para cumprimentar o Catar pelo apoio à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e pela decisão de sediar a primeira CĂșpula da Aliança, que serĂĄ em novembro deste ano, em paralelo à CĂșpula Mundial de Desenvolvimento Social da Organização das Nações Unidas, em Doha, capital do paĂs ĂĄrabe.
Lançada justamente na CĂșpula do G20, por iniciativa do governo do Brasil, a Aliança conta com a adesão formal de 82 paĂses, dois grandes blocos regionais, que são a União Europeia e a União Africana, 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras e 31 organizações filantrópicas e não governamentais.
A adesão, que começou em julho e segue aberta, é formalizada por meio de uma declaração, que define compromissos gerais e especĂficos, os quais são alinhados com prioridades e condições especĂficas de cada signatĂĄrio.
Entre as ações estão os "Sprints 2030", que são uma tentativa de erradicar a fome e a pobreza extrema por meio de polĂticas e programas em grande escala.
A Aliança Global espera alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferĂȘncia de renda em paĂses de baixa e média-baixa renda até 2030, expandir as refeições escolares de qualidade para mais 150 milhões de crianças em paĂses com pobreza infantil e fome endĂȘmicas e arrecadar bilhões em crédito e doações por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento para implementar esses e outros programas.
A Aliança terĂĄ governança própria vinculada ao G20, mas que não serĂĄ restrita às nações que integram o grupo.
A administração ficarĂĄ a cargo de um Conselho de Campeões e pelo Mecanismo de Apoio. O sistema de governança deverĂĄ estar operacional até meados de 2025. Até lĂĄ, o Brasil darĂĄ o suporte temporĂĄrio para funções essenciais.