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Bancada bolsonarista derrota governo e consegue imposto menor para armas e munições; Fraudas e Brinquedos pagarão mais impostos

Na prĂĄtica, a medida reduzirĂĄ a alĂ­quota de impostos para armas e munições, tornando o preço mais acessĂ­vel o que poderĂĄ aumentar a venda de armas no paĂ­s. Por outro lado, brinquedos e fraudas terão impostos mais altos que armas e munições.

Por Brasil 27 13/12/2024 às 11:25:18

Em uma vitória significativa para a oposição ao governo do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT), o Senado aprovou nesta quinta-feira (12) o texto-base do projeto de regulamentação da reforma tributĂĄria sem incluir armas e munições no Imposto Seletivo (IS). Conhecido como "imposto do pecado", o IS serĂĄ aplicado a produtos considerados prejudiciais à saĂșde ou ao meio ambiente, mas as armas e munições ficaram de fora, sendo tributadas apenas pela alĂ­quota padrão.

Na prĂĄtica, a medida reduzirĂĄ a alĂ­quota de impostos para armas e munições, tornando o preço mais acessĂ­vel o que poderĂĄ aumentar a venda de armas no paĂ­s. Por outro lado, brinquedos e fraudas terão impostos mais altos que armas e munições.

A exclusão desses itens do IS foi uma conquista direta da bancada bolsonarista, liderada pelo senador FlĂĄvio Bolsonaro (PL-RJ), que conseguiu garantir apoio suficiente para barrar a proposta do governo. O destaque apresentado pelo lĂ­der governista, Randolfe Rodrigues (PT-AP), buscava reincluir armas e munições no imposto extra, mas recebeu apenas 32 votos favorĂĄveis, contra 31 contrĂĄrios e uma abstenção. Para aprovação, seriam necessĂĄrios 41 votos — maioria absoluta no Senado, que possui 81 senadores.

A votação reflete a dificuldade do governo Lula em mobilizar uma base sólida no Congresso para aprovar propostas prioritĂĄrias. Apesar de o texto principal ter sido aprovado por 49 votos a 19, a derrota no destaque demonstra a força da oposição em pautas sensĂ­veis.

"Imposto do pecado" exclui armas e munições

A medida, defendida pela oposição, foi marcada por intenso debate no plenĂĄrio. FlĂĄvio Bolsonaro argumentou que a inclusão das armas no IS representava uma penalização ideológica contra um setor importante da economia e dos direitos individuais. JĂĄ o relator da proposta, Eduardo Braga (MDB-AM), criticou a decisão, destacando que a exclusão desses itens contraria o princĂ­pio do imposto, que busca desestimular o consumo de produtos prejudiciais.

Com a decisão, brinquedos e fraldas, por exemplo, estarão sujeitos à alĂ­quota adicional, enquanto armas e munições seguem fora do escopo do IS. A oposição celebrou o resultado como uma vitória estratégica contra o governo.

Agora, o texto retorna para nova anĂĄlise da Câmara dos Deputados, onde o governo enfrentarĂĄ novos desafios para preservar pontos centrais de sua proposta de reforma tributĂĄria.

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