"A operação, a meu juízo, é uma operação que está se desenvolvendo com êxito. Temos indícios fortes da presença dos fugitivos na região nesse perímetro da penitenciária, de Baraúna", disse o ministro.
A declaração do ministro aconteceu nesta quarta-feira (13) em Mossoró, no 29º dia de buscas pelos fugitivos Rogério da Silva Mendonça, 36, também conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, apelidado de Deisinho ou Tatu.
O ministro disse que a operação está mantida por causa dos indícios de que os fugitivos estão na região, além de ser uma forma de garantir a segurança da população em relação aos dois detentos de "alta periculosidade".
Os fugitivos não teriam conseguido sair do Rio Grande do Norte, segundo o ministro, pois há indícios de que os foragidos estão cercados na região.
"É um prazo que nós estamos considerando razoável [buscas], inclusive, tendo indícios concretos que eles se encontram dentro desse perímetro. Quando eu quero dizer que a operação foi bem-sucedida, foi no sentido de que conseguimos manter eles dentro desse perímetro. Seriam malsucedida, um fracasso relativo se [eles] tivessem evadido e ido para outro estado", disse o ministro.
Lewandowski acrescentou que não tem prazo para a operação terminar, mesmo sabendo dos custos altos. Entretanto, ele não divulgou um balanço do valor.
"É claro que nós temos uma ideia do custo dessa operação, é um custo elevado, mas é um custo necessário que o estado precisa arcar não apenas para a captura de dois fugitivos perigosos que pertencem ao crime organizado, mas também porque não podemos deixar a população local desamparado. Enquanto esse risco não se dissipar, vamos manter esse efetivo", disse.
Helicópteros e drones são usados nas buscas. Seis pessoas que teriam ajudado os fugitivos já foram presas.
A fuga ocorreu na madrugada do dia 14 de fevereiro e expôs o governo de Lula (PT) a uma crise justamente em um tema explorado por adversários políticos, a segurança pública.
A recompensa para quem der informações que ajudem a prender os fugitivos é de R$ 15 mil por detento.
Os fugitivos usaram barras de metal para retirar a luminária da parede da cela. Foi a partir daí que os dois chegaram ao local da manutenção do presídio, onde estão máquinas, tubulações e toda a fiação, conhecido como shaft.
Através desse duto de manutenção, os fugitivos subiram uma escada e alcançaram o telhado da penitenciária, removeram a telha e desceram pela parte externa do prédio até chegar ao tapume referente a uma obra em andamento, que fica próximo à cerca.
Ferramenta de corte foi utilizada para para romper a cerca do perímetro interno. Em seguida, os fugitivos também romperam a cerca do perímetro externo e fugiram.
Investigação da Polícia Federal aponta que as imagens da ação dos fugitivos para retirar a luminária também sugerem que tenha sido um trabalho demorado e sincronizado, supostamente perceptível mediante simples revista na cela.
Como a Folha de S.Paulo mostrou, a suspeita é que não estavam sendo feitas revistas diárias nas celas ou nos detentos.
Fonte: Noticias ao minuto