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Líder da ultradireita em Portugal ameaça Lula: 'vai para uma cadeia'

GIULIANA MIRANDALISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) - Na reta final da campanha para as eleições do próximo domingo (10) em Portugal, o líder do partido de ultradireita Chega afirmou que, se for escolhido primeiro-ministro, proibirá a entrada do presidente Luíz Inácio Lula da Silva no país para as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, movimento que pôs fim à ditadura lusitana, em 25 de abril.

Por Brasil 27 09/03/2024 às 22:29:28

O deputado André Ventura, cuja candidatura tem apoio pĂșblico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ameaçou ainda prender Lula em caso de insistĂȘncia na visita.
"Se o Chega vencer as eleições legislativas, a 25 de abril de 2024 [50 anos da Revolução dos Cravos] o senhor presidente do Brasil, Lula da Silva, não vai entrar em Portugal", afirmou, recebendo aplausos dos presentes em um comĂ­cio nesta quarta (6).

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"Eu garanto-vos que, se eu for primeiro-ministro, o senhor Lula da Silva ficarĂĄ no aeroporto. E, se insistir, vai para uma cadeia", declarou Ventura, que ainda provocou o petista ao dizer que "isso não serĂĄ uma grande novidade para ele". Lula ficou preso por 580 dias na sede da SuperintendĂȘncia da PolĂ­cia Federal do ParanĂĄ, em Curitiba, até 8 de novembro de 2019.

"Neste paĂ­s ainda mandamos nós e neste paĂ­s ainda escolhemos nós quem vem e quem não vem. Corruptos jĂĄ temos cĂĄ muitos, não precisamos que venham mais de fora", afirmou.

O lĂ­der da ultradireita também disse querer limitar a entrada do primeiro-ministro da Espanha, o socialista Pedro SĂĄnchez, que estĂĄ em visita no Brasil e se encontrou com Lula. "[SĂĄnchez] Só entrarĂĄ quando necessĂĄrio, porque também não queremos que entre muitas vezes."

Em 2023, durante uma visita oficial de Lula a Portugal, o Chega organizou um protesto em frente ao Parlamento luso contra a presença dele no local, precisamente durante uma sessão comemorativa do 25 de abril.

No momento do discurso de Lula aos deputados portugueses, Ventura e os outros parlamentares de sua bancada começaram a bater nas mesas e a fazer barulho para atrapalhar a fala do presidente brasileiro.

Ainda que não haja informações sobre uma eventual visita de Lula a Portugal para os 50 anos do fim da ditadura, a diplomacia lusa habitualmente convida os chefes de Estado e de governo dos paĂ­ses lusófonos para as principais celebrações do paĂ­s.
Apesar do tom de convicção do discurso, as pesquisas de intenção de voto indicam que André Ventura tem poucas chances de se tornar primeiro-ministro nas eleições de domingo (10).

A maior parte das sondagens mostra um cenĂĄrio de empate técnico entre o Partido Socialista, atualmente no poder, e a Aliança DemocrĂĄtica (AD), coalização formada pelas legendas da direita tradicional lusa, liderados pelo PSD (Partido Social Democrata). O Chega aparece em terceiro lugar, girando em torno de 12% das preferĂȘncias.

O Chega, contudo, deve sair fortalecido do pleito, convocado de forma antecipada após a queda do premiĂȘ António Costa, que pediu demissão em meio a uma investigação de corrupção que atingiu o nĂșcleo do governo socialista. A sigla populista deve ampliar o nĂșmero de deputados no Parlamento, consolidando ainda mais a posição de terceira força polĂ­tica na Casa.

Se for confirmado nas urnas, o crescimento da bancada do Chega também pode complicar a formação do próximo governo. O lĂ­der do PSD (direita tradicional), LuĂ­s Montenegro, afirmou que, se for eleito, não pretende incluir o Chega nas negociações para o Executivo. Uma votação expressiva nas urnas, porém, tem potencial de dificultar essa decisão.

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Fonte: Noticias ao minuto

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